Os resultados poderão auxiliar na reconstrução do território atingido, oferecendo informações para orientar as ações reparatórias.

As entrevistas são realizadas em cerca de 5.000 domicílios em 45 municípios atingidos pelo desastre nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.

A pesquisa também é feita em outros 5.000 domicílios em municípios com características ambientais, sociais e econômicas semelhantes aos atingidos, em Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Rio de Janeiro.

A participação é voluntária e pode ajudar nas ações de reparação.

A comparação entre as condições de vida em áreas atingidas e não atingidas é importante para a avaliação dos impactos do desastre.

A seleção de locais de pesquisa em área de comparação foi feita com base em métodos estatísticos de pareamento.

Cada setor censitário selecionado na área atingida tem um par na área de comparação.

Entrevistadores devidamente identificados devem entrar em contato com os moradores dos domicílios selecionados para participar da pesquisa.

As entrevistas são executadas em parceria com a SCIENCE – Sociedade para o Desenvolvimento da Pesquisa Científica, uma instituição formada por especialistas com ampla experiência em pesquisas domiciliares.

A equipe de campo foi treinada para tomar medidas de prevenção à contaminação pela COVID-19, e deve usar máscaras e outros equipamentos adequados.

Dois questionários eletrônicos são utilizados para a realização das entrevistas:

Um para obter informações sobre as atuais condições de vida, de trabalho e renda de todos os moradores do domicílio.

Outro com perguntas para apenas um morador com 23 anos ou mais, que visa reconstruir seu histórico de trabalho entre o ano atual (2022) e o ano anterior ao desastre (2014).

Para elaborar os questionários e o plano amostral da PDP, foram realizadas diversas atividades participativas junto com dezenas de pessoas atingidas em diversas localidades.

Em 2019, foram feitas rodas de diálogo, grupos focais e entrevistas individuais.

O questionário eletrônico foi testado por entrevistadores e moradores de diferentes regiões em dois pré-testes: um realizado em 2020, presencialmente, e outro 2021, por telefone, durante a pandemia.

Uma pesquisa de campo piloto foi realizada em janeiro de 2022.

Para saber mais sobre a construção da PDP, leia os relatórios anuais do Projeto Rio Doce aqui.

Para realizar as entrevistas da PDP, é necessário assinar dois Termos de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLEs): um para o domicílio e outro para pessoa maior de 23 anos, selecionada para responder o histórico de trabalho e renda.

Em casas onde residem menores de 18 anos, sem a presença dos pais, e maiores incapazes, utiliza-se também um Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE).

Um outro TCLE deve ser assinado em caso de participação em etapa de pesquisa qualitativa posterior à entrevista da PDP.

A qualquer momento, os participantes podem retirar seu consentimento, livre e esclarecido, sem que isso lhes cause nenhum risco ou prejuízo.

Saiba mais sobre o trabalho do Comitê de Conformidade Ética em Pesquisas Envolvendo Seres Humanos (CEPH) da FGV, cuja principal responsabilidade é defender os interesses dos participantes de pesquisas em sua integridade e dignidade.

Os dados de identificação pessoal de todos os participantes de pesquisas são confidenciais e não serão divulgados. Estas informações serão armazenadas em um ambiente protegido pela FGV, com acesso restrito aos responsáveis pela pesquisa, minimizando todos os riscos à segurança.

Saiba mais sobre as iniciativas de proteção de dados pessoais dos participantes feitas pela FGV, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, a LGPD (Lei nº 13.709/18).

Para elaborar os questionários, a equipe usou como referência principal os questionários elaborados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), especialmente as edições recentes:

• Do Censo Demográfico;

Da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD); e

• Da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS).

Também foram utilizados diversos protocolos internacionais, como aqueles produzidos pelo Departamento de Estatística da Organização Internacional do Trabalho, a OIT.

Levantar informações sobre trabalho e renda para um intervalo de sete a oito anos apresenta desafios importantes relacionados à memória de eventos passados. Afinal: Qual é a lembrança que as pessoas têm de suas próprias rotinas de trabalho e renda em momentos distantes?

Para auxiliar a elaboração do questionário da PDP, a equipe da FGV apoiou-se em iniciativas inovadoras de grande porte, produzidas em outros países como:

• O “Painel de Estudo de Dinâmica da Renda” (Panel Study of Income Dynamcs), realizado com moradores de diferentes regiões dos Estados Unidos, desde 1968.

• Os “Inquéritos de História Familiar” (Family Life Surveys), realizados em diferentes países da Ásia e América Central, a partir dos anos 1970 e 80.

• O “Projeto STAR” (Study of the Tsunami Aftermath and Recovery) que avalia os impactos do tsunami que atingiu a costa da Indonésia, em 2004.

Todas estas experiências tiveram um papel auxiliar importante, neste esforço de pesquisa que tem como ponto de partida a centralidade dos atingidos.

Acesse aqui os materiais de comunicação produzidos para apoiar a realização da PDP

Escreva para:

pdpriodoce@fgv.br

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0800 025 0174